Adeus, Praia de Iracema ( Luis Assunção)

"Adeus, adeus
Só o nome ficou
Adeus, Praia de Iracema
Praia dos amores que o mar carregou
Quando a Lua te procura
Também sente saudades
Do tempo que passou
De um casal apaixonado
Entre beijos e abraços
Que tanta coisa jurou
Mas a causa do fracasso
Foi o mar enciumado
Que da praia se vingou "


No início do século, a praia de Iracema se chamava praia do Peixe e não era lugar de moradia da sociedade; para lá só se ía nos veraneios. O banho de mar, até então visto apenas como tratamento médico, começava a se transformar em opção de lazer, especialmente para os homens. Mulheres, só de manhã bem cedo , ou aos domingos; por algum tempo, as prostitutas foram proibidas de irem aos banhos de mar.
Em 1925, a praia de Peixe recebeu a extensão da linha de bonde. Teve o nome modificado para praia de Iracema, e suas ruas ganharam nomes de tribos indígenas. Dos anos 30 aos anos 50, a praia de Iracema reinou absoluta como a " praia dos amores" da cidade. Com a construção do porto do Mucuripe, na praia vizinha, sobreveio uma série de problemas ambientais: parte da praia foi erodida, e tiveram que ser construídos quebra-mares, para defender também as casas da ação do mar. A praia de Iracema manteve, porém a tradição boêmia.