Era inicialmente uma larga praça de areia, denominada Campo da Pólvora. Local que serviu de palco às cenas de fuzilamento dos heróis da Revolução do Equador, tendo sido vítimas o Padre Mororó, João Andrade, Francisco Miguel Pereira Ibiapina e Inácio de Azevedo Bolão.
Sua construção foi iniciada em 1866 na gestão do então presidente Fausto Antônio Aguiar, que fez ajardinar a parte hoje existente, deixando a parte que ía até a praia sem nenhuma obra urbanística . Em 1879, foram erguidos os paredões que fizeram o 1º, 2º e 3º planos do Passeio. O 1º plano era chamado Caio Prado, onde fervilhava a sociedade local; o 2º se destinava a banda da polícia militar que executava operetas e valsas vienenses. O 3º era a avenida Pe. Mororó hoje Leste-Oeste, frequentado pelas " mulheres da vida" e operários pobres.
Inaugurado entre festas, ao som de bandas, fechadas às pessoas de pouca ou nenhuma posição social. a popuilação humilde tinha vez no carnaval. As famílias e os casais de namorados se reuniam na praça diariamente para conversar, onde frequentemente se realizavam quermesses de caridade.
Benjamins, oiticicas, catolés, judas, castanholas, mangabeiras, paus darcos, gameleiras são os principais representantes da flora da praça. Sem falar no secular Baobá, árvore de origem africana, plantada pelo senador Tomás Pompeu.
Também são encontradas estátuas importadas da França, em número de oito; quatro representando as estações do ano e as demais, entidades mitológicas : Vênus, Diana, Mercúrio e Baco.
A pedra fundamental da praça foi lançada pelo comerciante português , Tito Antônio da Rocha . Por ter sido a execução dos mártires da Confederação do Equador (1824) a câmara deu-lhe a denominação de Praça dos Mártires, em homenagem à memória dos cidadãos que alí foram sacrificados pela causa da liberdade, pois lá foram fuzilados, em 1824, alguns líderes do movimento : Padre Mororó, Pessoa Anta, Carapinima e Azavedo Bolão.
A área apresenta-se como um dos pilares da memória social da cidade de Fortaleza.
domingo, 31 de agosto de 2008
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